I
Embaixo do céu janela
Caiu um grande silêncio
De quina bem na sua cabeça
Abriu a menina
De dentro saiu o Escuro
Que resolveu livre dar umas bandas
Desde então a cidade é só lampiões
II
Quintessência
Três dardos
Uma coruja de vidro
O oráculo das setenta palavras
E o cavalo segura livros
Saíram, assim
Dançando com a brisa chibante
Entregaram-se à aluvião
Das cigarras em festa
E da Lua ladrona
Fiquei eu, a caçulê
Bem formigona
Toda cínclise
Sonhando uma solução
2 comentários:
Oxalá os sonhos continuem a existir. A infância é tempo de sonhos que podem durar uma eternidade.
Uma delícia ler você.
Fá
Releio e sinto vontade de ver o céu se abrir.
Postar um comentário